Nas praias que são o rosto branco das amadas mortas
Deixarei que o teu nome se perca repetido
Mas espera-me
Pois por mais longos que sejam os caminhos
Eu regresso.
—Sophia de Mello Breyner Andresen, Coral, 1950
Nas praias que são o rosto branco das amadas mortas
Deixarei que o teu nome se perca repetido
Mas espera-me
Pois por mais longos que sejam os caminhos
Eu regresso.
—Sophia de Mello Breyner Andresen, Coral, 1950
I
Reconheci-te logo destruída
Sem te poder olhar porque tu eras
O próprio coração da minha vida
E eu esperei-te em todas as esperas.
II
Conheci-te e vivi-te em cada deus
E do teu peso em mim é que eu fui triste
Sempre. Tu depois só me destruíste
Com os teus passos mais reais que os meus.
—Sophia de Mello Breyner Andresen, Dia do Mar, 1947