Ninguém saberá exactamente o que queria dizer Simone de Beauvoir com estas palavras, mas todos podemos apreciar no que resultaram na prática.
Sem grande surpresa, aquele que foi seu parceiro durante anos, Jean-Paul Sartre é o autor de outra grande pérola da filosofia — l’existence précède l’essence. Aparentemente o casal, não só entendia a metafísica da essência (a natureza) como também dominava perfeitamente a metafísica da existência (o facto de ser). Portanto, o ser humano através da consciência (mais metafísica sobre a qual o casal de filósofos reinava) cria os seus próprios valores e a moral, cuja versão primitiva pode ser observada até em ratos, não existe. O que dá imenso jeito em determinados círculos, em inúmeras circunstâncias, não sendo de estranhar continuarem a ser celebrados hoje exactamente nos mesmos meandros, certamente junto com eminentes pós-modernistas e pensadores franceses como Jacques Derrida, Gilles Deleuze, Roland Barthes, Jacques Lacan, Maurice Blanchot, entre outros.
Fiéis à sua filosofia, ambos foram acusados de abusar sexualmente de jovens raparigas. Bianca Lamblin, no livro “Mémoires d’une Jeune Fille Dérangée”, alega que enquanto aluna do liceu Molière teve um caso não só com Beauvoir lá professora, mas também com Sartre. Beauvoir chegou a ser suspensa do ensino em 1943, acusada de devassidão com uma menor, Natalie Sorokine (num tempo em que a idade de consentimento em França era apenas 15 anos), o que não admira para uma defensora da pedofilia, que em 1977 assinou uma petição (The Guardian) para a total abolição da idade de consentimento, que também mencionava directamente o caso de três homens entre os 39 e 45 anos, que repetidamente ofenderam sexualmente crianças entre os 12 e os 13 anos.
Parece que para o fim da vida, Sartre teve uma drástica mudança de opinião sobre a existência de Deus e que de alguma forma se arrependeu. Diz que Beauvoir ficou completamente furiosa e consternada, qualificando o homem como um vira-casaca senil. Uma mulher verdadeiramente encantadora, uma nobre heroína do feminismo. É uma pena não ser viva para ver isto (FoxNews).