Migalhas de honestidade é a única coisa que nós, pobres, podemos dar uns aos outros. Não admira que a vida “pessoal” seja uma humilhação e que um indivíduo seja uma coisa desprezível.
—Saul Below, Herzog
Migalhas de honestidade é a única coisa que nós, pobres, podemos dar uns aos outros. Não admira que a vida “pessoal” seja uma humilhação e que um indivíduo seja uma coisa desprezível.
—Saul Below, Herzog
Ela vai vencer-te porque é uma psicopata. Sei que tens forças de reserva. Mas ela é louca e os loucos vencem sempre.
—Saul Below, Herzog
— É o Moses Herzog?
— Sou.
— Está apaixonado pela minha filha?
— Estou.
— Isso não lhe está a fazer grande bem à saúde, pelo que vejo.
—Saul Below, Herzog
Mal acabei de ler “A Vida Mentirosa dos Adultos” de Elena Ferrante, comecei a ler “Herzog” de Saul Below, o que já devia a mim próprio há uns anos. No fim da segunda página já estava esmagado pela diferença de escrita dos dois. E, lamento imenso, Saul Below está verdadeiramente noutro patamar.
E, se recuar para o livro anterior, o normal “Pessoas Normais” de Sally Rooney, posso simplesmente dizer que Rooney está para Ferrante, como Ferrante está para Below. Se estas comparações não fazem qualquer sentido, não faz mal, não percebo nada de literatura, mas sei do que gosto.