Chegaram de França os meus primeiros quatro discos da editora Sam Records, um projecto sem fins lucrativos de Fred Thomas e um verdadeiro one man show, o que por si só já seria suficiente para conquistar alguma da minha admiração. Acontece que são edições da mais alta qualidade, fiéis ao passado, com excelentes capas brilhantes na frente e mate na parte detrás a partir das fotografias originais ou material gráfico original. A prensagem é realizada na que será a melhor fábrica europeia, a Pallas na Alemanha. O som também é fiel às master tapes originais, aliás tão fiel que o disco Byrd In Paris Vol. 2 tem um aviso a dar conta de alguma distorção no piano e bateria em certas passagens, que se tivesse sido corrigida alteraria todo o disco. Enfim, depois de ouvido, não é um disco que me dê grande prazer ouvir, mas percebo a importância do documento e da sua preservação.
Como sempre acontece nestas editoras “audiófilas”, os discos encontram-se esgotados quase permanentemente, mas a Sam Records volta a prensá-los indicando isso mesmo, como se faz nos livros. Pela música, não vale a pena comprar a preços exorbitantes, porque com alguma paciência, voltam a aparecer no site, espero em breve a chegada aqui a casa de mais seis.
Na fotografia estão Byrd In Paris Vol. 1, Byrd In Paris Vol. 1, Billy Harper Quintet – Antibes ’75 (gravado nesse festival de Jazz) e Horace Tapscott with the Pan Afrikan Peoples and the Great Voice of Ugmaa – Why Don’t You Listen? Live at LACMA, 1998. Este último na verdade não é da Sam Records mas sim o primeiro disco da Dark Tree Records uma outra editora francesa sobra a qual Fred Thomas diz simplesmente “(…) owned by Bertrand Gastaut. I’m helping him out.”