Mas como poderemos pôr fim aos nossos erros? Que caminho poderemos seguir para eliminar a nossa cegueira e a nossa estupidez? Cristo disse: Sede então perfeitos, como o vosso Pai no Céu é perfeito. Mas como? Parecemos paralisados, como sempre, pela pergunta irónica de Pilatos: O que é a verdade?
—Jordan Peterson citando João 18:38, Mapas do Sentido, Lua de Papel 2019 (1999)
O indivíduo que vive pela mentira diminui continuamente o seu nível de competência, o seu “território explorado e familiar”. A seu tempo, consequentemente, não lhe resta para onde ir — senão para si mesmo.
—Jordan Peterson, Mapas do Sentido, Lua de Papel 2019 (1999)
A nossa Europa de hoje, sendo a arena de uma tentativa absolutamente súbita de uma mistura radical de classes e, logo, de raças, é, por conseguinte, céptica em todos os planos — por vezes esse cepticismo móvel que salta impaciente e lascivamente de ramo para ramo, por vezes sombrio como uma nuvem sobrecarregada de pontos de interrogação — e, frequentemente, mortalmente doente de vontade. A paralisia da vontade: onde é que, hoje em dia, não se encontra este enjeitado? E, não raro, com que atavios! Quão sedutores parecem esses atavios! Esta doença desfruta das roupagens mais belas e espampanantes; e a maior parte do que hoje em dia se apresenta, por exemplo, como “objectividade”, “ser científico”, “l’art pour l’art“, “conhecimento puro, livre de vontade”, não passa de cepticismo disfarçado e paralisia da vontade: é este diagnóstico da doença europeia que eu confirmo.
—Jordan Peterson citando Nietzsche, Mapas do Sentido, Lua de Papel 2019 (1999)
Com que simplicidade teria eu demonstrado que o Homem é naturalmente bom, e que só as nossas instituições o tornaram mau!
Este é o mesmo Rousseau que colocou repetidamente os próprios filhos em orfanatos porque a existência deles lhe era inconveniente (e, devemos pressupor, prejudicial para o florescimento da sua bondade intrínseca). Seja como for, a esperança ferverosa de qualquer pessoa indisciplinada (mesmo de um génio indisciplinado) é que as suas actuais falta de valor e estupidez se devam a outra pessoa.
—Jordan Peterson (citando Rousseau), Mapas do Sentido, Lua de Papel 2019 (1999)