Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

Artigos etiquetados “jordan peterson

Parecemos

Publicado em 01/04/2023

Mas como poderemos pôr fim aos nossos erros? Que caminho poderemos seguir para eliminar a nossa cegueira e a nossa estupidez? Cristo disse: Sede então perfeitos, como o vosso Pai no Céu é perfeito. Mas como? Parecemos paralisados, como sempre, pela pergunta irónica de Pilatos: O que é a verdade?

—Jordan Peterson citando João 18:38, Mapas do Sentido, Lua de Papel 2019 (1999)

Senão

Publicado em 30/03/2023

O indivíduo que vive pela mentira diminui continuamente o seu nível de competência, o seu “território explorado e familiar”. A seu tempo, consequentemente, não lhe resta para onde ir — senão para si mesmo.

—Jordan Peterson, Mapas do Sentido, Lua de Papel 2019 (1999)

Enjeitado

Publicado em 29/03/2023

A nossa Europa de hoje, sendo a arena de uma tentativa absolutamente súbita de uma mistura radical de classes e, logo, de raças, é, por conseguinte, céptica em todos os planos — por vezes esse cepticismo móvel que salta impaciente e lascivamente de ramo para ramo, por vezes sombrio como uma nuvem sobrecarregada de pontos de interrogação — e, frequentemente, mortalmente doente de vontade. A paralisia da vontade: onde é que, hoje em dia, não se encontra este enjeitado? E, não raro, com que atavios! Quão sedutores parecem esses atavios! Esta doença desfruta das roupagens mais belas e espampanantes; e a maior parte do que hoje em dia se apresenta, por exemplo, como “objectividade”, “ser científico”, “l’art pour l’art“, “conhecimento puro, livre de vontade”, não passa de cepticismo disfarçado e paralisia da vontade: é este diagnóstico da doença europeia que eu confirmo.

—Jordan Peterson citando Nietzsche, Mapas do Sentido, Lua de Papel 2019 (1999)

Devam

Publicado em 10/03/2023

Com que simplicidade teria eu demonstrado que o Homem é naturalmente bom, e que só as nossas instituições o tornaram mau!

Este é o mesmo Rousseau que colocou repetidamente os próprios filhos em orfanatos porque a existência deles lhe era inconveniente (e, devemos pressupor, prejudicial para o florescimento da sua bondade intrínseca). Seja como for, a esperança ferverosa de qualquer pessoa indisciplinada (mesmo de um génio indisciplinado) é que as suas actuais falta de valor e estupidez se devam a outra pessoa.

—Jordan Peterson (citando Rousseau), Mapas do Sentido, Lua de Papel 2019 (1999)

Parecia

Publicado em 08/03/2023

Quando analisamos a persona, tiramos a máscara e descobrimos que o que parecia ser individual é, no fundo, colectivo; por outras palavras, que a persona era tão só uma máscara da psique colectiva. Fundamentalmente a persona não é nada real: é um meio-termo entre o indivíduo e a sociedade quanto ao que um Homem deve parecer ser. Ele assume um nome, recebe um título, exerce uma função, é isto ou aquilo. De uma certa forma, tudo isto é real, mas, em relação à individualidade essencial da pessoa em causa, é apenas uma realidade secundária, uma formação de compromisso, para cuja formação os outros muitas vezes têm maior contribuição do que ele. A persona é uma aparência, uma realidade bidimensional, para lhe dar apodo.

—Jordan Peterson citando Carl Jung, Mapas do Sentido, Lua de Papel 2019 (1999)