Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

Artigos etiquetados “hi-fi

Kimber Monocle XL Vs. CrystalSpeak Piccolo Diamond

Publicado em 29/07/2022

Crystal Cable

A diferença entre estes dois cabos é quase anedótica, uma espécie de yin e yang dos cabos de coluna. A Ultimate Audio emprestou-me os Crystal Cable para testar.
Surpreendentemente, no meu sistema, pareceram-me exactamente iguais. Talvez um nadinha mais de detalhe para o Kimber e é tudo, mas ainda vou ouvir mais vezes.
E ouvi, não é menos um nadinha de detalhe, é de recorte. De alguma forma não acho os intérpretes e músicos tão bem localizados no palco, algo mudou. E depois de alguma consideração, já sei o que é, os cabos Crystal trouxeram o palco mais para a frente o que o tornou mais profundo — e eu não me queixava minimamente de profundidade. Mas é à custa de algum recorte e localização no espaço.
A minha conclusão é que os Crystal Cable com os seus 1,8mm, não ficam atrás dos 28,60mm dos Kimber, mas o som que resulta apesar de muito parecido, tem diferenças o que não sendo melhor ou pior, são uma questão de preferência.

Links de interesse

Ultimate Audio
Kimber Monocle XL
Crystal Cable Picollo Diamond

T+A M 40 HV

Publicado em 22/12/2021

T+A M 40 HV T+A M 40 HV

E acabei o ano a trocar o amplificador T+A A 3000 HV e a fonte de alimentação T+A PS 3000 HV por dois monoblocos T+A M 40 HV. Não me vou debruçar sobre questões técnicas, cada um pesa 52Kg e tem dois amplificadores que trabalham em conjunto, o andar de entrada é a válvulas e de saída (potência) é de estado sólido. Estão indicados 550W sobre colunas de 8 ohms e têm dois modos de funcionamento, High Power e High Current. Eu tenho no modo High Current que basicamente é classe A pura até 60W o que é mais do que suficiente, a música mesmo a elevado volume acaba por se passar toda entre 1W e 10W.
Não sei, talvez me tenham feito uma proposta que eu não pude recusar… Intrigava-me o que ainda poderia melhorar na minha sala com notórios limites e agora intriga-me onde acaba. Parece-me que se continuar a atirar dinheiro para cima da aparelhagem, não há limite para nada, para a sala, para os meus ouvidos, para os próprios discos… Como é possível que os discos ainda tenham tanto por revelar nesta altura? Não entendo. Já entendi que as colunas Raidho TD 3.8 devoram tudo que lhes dê e quanto melhor for, melhor tocam, se têm limite ainda está longe. Mas todo o conjunto, francamente, não esperava que tocasse tão acima do que já tocava incrivelmente bem. É completamente diferente.
Não sendo solução para todos os discos (que não existe), agora a presença dos interpretes é surreal — estou a ouvir Soul Journey de Gillian Welch e a palavra é mesmo essa. Os graves, sempre um potencial problema, ainda mais profundos mas também mais seguros e controlados. O conjunto é mais uniforme o que parece contraditório com ainda mais precisão, ainda mais separação, que é em muitas instâncias verdadeiramente inacreditável e no entanto, tudo soa mais natural. Já cá veio um amigo relativamente habitual e mal pousei a agulha a primeira vez, disse que se ouve uma diferença brutal para a última vez (no caso dele ainda sem o Technics SL-1000 R e estes T+A M 40 HV). Diz ele que a diferença entre uma muito boa aparelhagem e o high-end é o que agora se ouve aqui, a sensação de estar na mesma sala com os músicos e os cantores. Estou mesmo satisfeito.

A Tocar

Publicado em 19/12/2021

Já tinha escrito que tem sido um objectivo, ter o melhor som possível e divertir-me, pasmar-me, alegrar-me, entristecer-me e emocionar-me a ouvir música. E tenho conseguido. Acho que vou actualizar este texto no fim de cada ano se existir algo de novo.
A grande alteração aqui são os monoblocos T+A M 40 HV, duas peças com um design industrial incrível e um som a condizer. São uma edição de 40º. aniversário da T+A, que diz “One thing we have learned in our forty-year history is that the world of electro-acoustics does not permit a single perfect solution to all requirements; instead every overall design philosophy offers its own strengths and weaknesses.” — uma grande verdade que, por vezes à minha custa, já aprendi. O andar de entrada destes monoblocos é a válvulas, um som que cada vez gosto mais. Sinto falta dos vuímetros do T+A A 3000 HV e PS 3000 HV, mas paciência, nunca se pode ter tudo.
Como no texto anterior referi American III: Solitary Man de Johnny Cash, resolvi colocá-lo a rodar outra vez e claro, quando se pensa que já se atingiu o limite, os discos pretos ainda dão mais. E continuam a dar. É uma qualidade impossível.
No próximo ano vou-me dedicar aos cabos, incluindo talvez passar as colunas para bi-cablagem. Quero substituir todos os cabos de corrente Oyaide que não gosto por serem tão rígidos que não têm flexibilidade nenhuma. Não espero grande coisa em relação ao som, mas tudo conta! Vou apostar na Esprit — “l’emotion française” —, do que já experimentei e tenho, gosto muito, qualidade irrepreensível.
E o principal objectivo é um leitor de CD, que pode ser o multiformato T+A MP 3100 HV ou outro do mesmo calibre, não faço questão que seja T+A, faço questão que toque o melhor possível — pode ser Soul Note ou Luxman, ou outro. Se calhar gostava era do T+A SDV 3100 HV que substituiria o T+A P 3000 HV e resolveria tudo o que fosse digital. Teria depois de juntar o transporte T+A PDT 3100 HV, um caso a pensar.

A tocar actualmente:

  • Gira-discos Technics SL-1000R
  • Shell DS Audio HS-001
  • Célula DS Audio DS 003
  • Turntable-sheet BR-12 Oyaide
  • Pré-amplificador Phono Soulnote E-2
  • Cabo XLR Chord Reference
  • Pré-amplificador T+A P 3000 HV
  • Cabo XLR Esprit Audio Eterna
  • Amplificador Mono T+A M 40 HV (x2)
  • Cabo de coluna Kimber Monocle XL
  • Colunas Raidho TD 3.8

+

  • Regenerador de corrente Torus Power RM 16 CE
  • Cabos de corrente Oyaide e T+A (vários)
  • Máquina de limpar vinil Pro-ject VC-S2 Alu
  • Clamp Pro-ject ‘Record Puck’

A Tocar

Publicado em 22/10/2021

Tem sido um objectivo, ter o melhor som possível e divertir-me, pasmar-me, alegrar-me, entristecer-me, emocionar-me, a ouvir. E tenho conseguido. O último salto foi impossível de tão bom ao adicionar o Technics SL-1000R que para mim é uma referência absoluta em gira-discos independentemente do preço, ao que se juntou a célula DS 003 da DS Audio que na minha opinião acima só tem a Grand Master (por uns 12.000,00€) que também independentemente do preço, não tem paralelo em nenhuma outra célula de nenhuma outra marca, pela simples razão de ter uma tecnologia que pura e simplesmente desintegra completamente as bobines MM e MC utilizadas até agora. Como senão bastasse, adicionei o pré-amplificador/descodificador Soulnote E-2 que por sua vez obliterou completamente o da DS Audio dedicado à DS 003, foi uma completa surpresa, apesar de mais alguns milhares de euros acima, estas coisas raramente são melhores e mais baratas.
Hoje foi noite de mais umas afinações no Technics SL-1000-R e DS 003. Se nas colunas que tenho todos os centímetros contam, no gira-discos todas as décimas de milímetro e de grama contam. Um cabelo para a direita ou esquerda torna-se numa diferença notória. E se já tocava bem, agora toca super-bem. Ainda mais detalhe, mais micro-sons, ainda mais clareza, mais cristalino, ainda mais precisão.
Estou a ouvir pela primeira vez no sistema os discos de Johnny Cash American Recordings e a única descrição que me ocorre é fantasmagórico. A qualidade de gravação é fora das tabelas e o nível de detalhe que a DS 003 vai desencantar no fundo dos sulcos é inacreditável. O disco American III: Solitary Man, talvez o que mais gosto, coloca o Johnny Cash inequivocamente na minha sala, a cantar para mim, guitarra na mão, quase que lhe consigo adivinhar a idade pela profundidade da voz. É extraordinário.

A tocar actualmente:

  • Technics SL-1000R
  • DS Audio HS-001
  • DS Audio DS 003
  • Soulnote E-2
  • Cabo XLR Chord Reference
  • T+A P 3000 HV
  • Cabo XLR Esprit Audio Eterna
  • T+A A 3000 HV
  • T+A PS 3000 HV
  • Cabo de coluna Kimber Monocle XL
  • Raidho TD 3.8
  • +
  • Torus Power RM 16 CE
  • Cabos de corrente Oyaide e T+A (vários)