Hoje em dia já ninguém lá vai, aquilo está cheio de gente

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L’Émotion Française (again)

Publicado em 27/05/2022

Esprit Eterna

Esprit Eterna.

Esprit Gaïa

Esprit Gaïa.

As colunas estiveram ligadas com dupla cablagem — Esprit Eterna e Kimber Monocle XL (se acham uma combinação estranha, é porque é) e chegou a altura de experimentar os cabos Esprit Eurêka e Gaïa em substituição dos Esprit Eterna. E voltei apenas aos Kimber Monocle XL, a dupla cablagem não convenceu..
Os Esprit Eurêka ligam o Soul Note E-2 ao T+A P 3000 HV. Os Esprit Gaïa ligam o T+A P 3000 HV aos T+A M 40 HV.
E comecei com Sarah Jaroz, Build Me Up From Bones e Ali Farka Touré com Ry Cooder, Talking Timbuktu. E sim, é diferente… É um paradoxo, é como se o som fosse mais integrado, quando ao mesmo tempo estão todos os seus componentes mais definidos. A minha primeira impressão foi que ia ter demasiados graves, mas não. Tenho mais de tudo e isso de alguma forma equilibrou e unificou o conjunto.
Depois disso já ouvi The Doors, L.A Woman Sessions e nas duas primeiras versões de The Changeling, que bateria super-tensa, bastante impressionante, é como lá estar. (É uma caixa incrível.)
Entretanto, decidi ficar com os cabos: O TAC Esprit Eterna, o XLR Esprit Eurêka e o XLR Esprit Gaïa. E ainda tenho um outro XLR Esprit Eterna, para quando substituir o leitor de CD.
Decidi começar a utilizar a electrónica “room correction” do T+A P 3000 HV, porque por muito bem que toque, a sala tem limites muito bem definidos e os discos são todos diferentes — e a verdade é que demasiados para o meu gosto realmente começaram a exibir demasiados graves. E melhorou completamente, calibrado de ouvido, brevemente vou utilizar um computador e um microfone USB — até estou curioso para saber se andei muito longe do ideal possível.
Os discos novos, já se sabe, tocam incrivelmente bem, mas não os ouvi nas anteriores condições. Onde os cabos começaram realmente a brilhar foi quando comecei a passar discos com três ou quatro anos. Que diferença. Voltou a sensação de ouvir os discos pela primeira vez. O detalhe e a resolução estão agora fora das tabelas. É espantoso. Por exemplo estou a agora ouvir An Evening With Emiliana Torrini & The Colorist Orchestra, um disco ao vivo que já não ouvia seguramente há dois anos. E para mim, é um disco novo, é como se nunca o tivesse ouvido antes.
Por fim uma nota para a embalagem destes cabos super-caros: Ridículo. Se é para justificar o preço fazem um péssimo trabalho. É um desperdício incompreensível de recursos e dinheiro.

Cabo de Coluna Esprit Eterna

Publicado em 30/04/2022

Por vários motivos ainda não foi possível testar o cabo TAC que quero instalar no Technics SL-1000R, mas tive a oportunidade de experimentar cabos de coluna Esprit Eterna (G8, sendo os mais recentes G9).
Num sistema revelador, os cabos são cruciais — infelizmente, porque o custo é completamente desmesurado. Mas já avancei há muito o “não há diferenças” ou para as colunas serve fio de campainha… E serve mesmo bem, para colunas que custem tanto como a campainha, ou um pouco menos. As minhas custam um pouco mais e até agora não demonstraram ter qualquer limite. Tudo o que melhorei a montante, reflectiu-se no som imediatamente e de forma inequívoca.
Ouvi Sarah Jaroz, Build Me Up From Bones e Ali Farka Touré com Ry Cooder, Talking Timbuktu com os cabos Kimber Monocle XL. Depois mudei para os Esprit Eterna, passados dez segundos de Sarah Jaroz deu logo para perceber que os graves estavam completamente diferentes, desapareceram os últimos sinais de demasia que ainda por aqui restavam. Fiquei bastante satisfeito. Mas no decorrer da música, cedo também se tornou evidente que tudo o resto também se alterou — só um surdo é que poderia dizer neste caso que os cabos (sensivelmente do mesmo valor) não fazem diferença. Quando mudei de disco, já não me parecia que tinha trocado os cabos, na melhor das hipóteses teria ficado com os cabos antigos e trocado o equipamento todo. O som é mesmo muito diferente e para pior. Brilhante, agudos por todo o lado, cansativo e os graves perderam muita da pujança. Mas deu para perceber o radical que pode ser mudar os cabos das colunas, ou seja, se tiver oportunidade, tempo, paciência e cuidado, posso afinar o som que quero. Não é fácil, porque há por aqui muitos mais cabos e factores, e todos interferem uns com os outros.
Bem, mas já que aqui estão os Esprit e os amplificadores e as colunas têm terminais para bi-wire, esperimentei. Primeiro, com os Esprit nos agudos e os Kimber nos graves, achei melhor, mas continuou um som demasiado brilhante, sem o calor a que estava habituado. Passei os Esprit para os graves e os Kimber para os agudos e ficou bastante mais equilibrado e é como está neste momento. O bi-wire é outra variável… Por exemplo, estabelecendo um valor, soa melhor um cabo por cada coluna, ou dois? Nem todas as marcas e audiófilos são adeptos do bi-wire. Só ouvindo. Neste caso, para já, acho que melhorou bastante, mas ainda não gosto totalmente e além disso, não manteve o valor, ao adicionar os Esprit, na prática dupliquei o custo.
Entretanto, como este trabalho nunca está pronto, vou testar cabos XLR Esprit Eurêka e Gaïa (ambos G8), que são praticamente o alto de gama da marca. Mais variáveis, mas que podemos fazer?

A Tocar

Publicado em 19/12/2021

Já tinha escrito que tem sido um objectivo, ter o melhor som possível e divertir-me, pasmar-me, alegrar-me, entristecer-me e emocionar-me a ouvir música. E tenho conseguido. Acho que vou actualizar este texto no fim de cada ano se existir algo de novo.
A grande alteração aqui são os monoblocos T+A M 40 HV, duas peças com um design industrial incrível e um som a condizer. São uma edição de 40º. aniversário da T+A, que diz “One thing we have learned in our forty-year history is that the world of electro-acoustics does not permit a single perfect solution to all requirements; instead every overall design philosophy offers its own strengths and weaknesses.” — uma grande verdade que, por vezes à minha custa, já aprendi. O andar de entrada destes monoblocos é a válvulas, um som que cada vez gosto mais. Sinto falta dos vuímetros do T+A A 3000 HV e PS 3000 HV, mas paciência, nunca se pode ter tudo.
Como no texto anterior referi American III: Solitary Man de Johnny Cash, resolvi colocá-lo a rodar outra vez e claro, quando se pensa que já se atingiu o limite, os discos pretos ainda dão mais. E continuam a dar. É uma qualidade impossível.
No próximo ano vou-me dedicar aos cabos, incluindo talvez passar as colunas para bi-cablagem. Quero substituir todos os cabos de corrente Oyaide que não gosto por serem tão rígidos que não têm flexibilidade nenhuma. Não espero grande coisa em relação ao som, mas tudo conta! Vou apostar na Esprit — “l’emotion française” —, do que já experimentei e tenho, gosto muito, qualidade irrepreensível.
E o principal objectivo é um leitor de CD, que pode ser o multiformato T+A MP 3100 HV ou outro do mesmo calibre, não faço questão que seja T+A, faço questão que toque o melhor possível — pode ser Soul Note ou Luxman, ou outro. Se calhar gostava era do T+A SDV 3100 HV que substituiria o T+A P 3000 HV e resolveria tudo o que fosse digital. Teria depois de juntar o transporte T+A PDT 3100 HV, um caso a pensar.

A tocar actualmente:

  • Gira-discos Technics SL-1000R
  • Shell DS Audio HS-001
  • Célula DS Audio DS 003
  • Turntable-sheet BR-12 Oyaide
  • Pré-amplificador Phono Soulnote E-2
  • Cabo XLR Chord Reference
  • Pré-amplificador T+A P 3000 HV
  • Cabo XLR Esprit Audio Eterna
  • Amplificador Mono T+A M 40 HV (x2)
  • Cabo de coluna Kimber Monocle XL
  • Colunas Raidho TD 3.8

+

  • Regenerador de corrente Torus Power RM 16 CE
  • Cabos de corrente Oyaide e T+A (vários)
  • Máquina de limpar vinil Pro-ject VC-S2 Alu
  • Clamp Pro-ject ‘Record Puck’

A Tocar

Publicado em 22/10/2021

Tem sido um objectivo, ter o melhor som possível e divertir-me, pasmar-me, alegrar-me, entristecer-me, emocionar-me, a ouvir. E tenho conseguido. O último salto foi impossível de tão bom ao adicionar o Technics SL-1000R que para mim é uma referência absoluta em gira-discos independentemente do preço, ao que se juntou a célula DS 003 da DS Audio que na minha opinião acima só tem a Grand Master (por uns 12.000,00€) que também independentemente do preço, não tem paralelo em nenhuma outra célula de nenhuma outra marca, pela simples razão de ter uma tecnologia que pura e simplesmente desintegra completamente as bobines MM e MC utilizadas até agora. Como senão bastasse, adicionei o pré-amplificador/descodificador Soulnote E-2 que por sua vez obliterou completamente o da DS Audio dedicado à DS 003, foi uma completa surpresa, apesar de mais alguns milhares de euros acima, estas coisas raramente são melhores e mais baratas.
Hoje foi noite de mais umas afinações no Technics SL-1000-R e DS 003. Se nas colunas que tenho todos os centímetros contam, no gira-discos todas as décimas de milímetro e de grama contam. Um cabelo para a direita ou esquerda torna-se numa diferença notória. E se já tocava bem, agora toca super-bem. Ainda mais detalhe, mais micro-sons, ainda mais clareza, mais cristalino, ainda mais precisão.
Estou a ouvir pela primeira vez no sistema os discos de Johnny Cash American Recordings e a única descrição que me ocorre é fantasmagórico. A qualidade de gravação é fora das tabelas e o nível de detalhe que a DS 003 vai desencantar no fundo dos sulcos é inacreditável. O disco American III: Solitary Man, talvez o que mais gosto, coloca o Johnny Cash inequivocamente na minha sala, a cantar para mim, guitarra na mão, quase que lhe consigo adivinhar a idade pela profundidade da voz. É extraordinário.

A tocar actualmente:

  • Technics SL-1000R
  • DS Audio HS-001
  • DS Audio DS 003
  • Soulnote E-2
  • Cabo XLR Chord Reference
  • T+A P 3000 HV
  • Cabo XLR Esprit Audio Eterna
  • T+A A 3000 HV
  • T+A PS 3000 HV
  • Cabo de coluna Kimber Monocle XL
  • Raidho TD 3.8
  • +
  • Torus Power RM 16 CE
  • Cabos de corrente Oyaide e T+A (vários)