— Talvez também viesses a gostar de mim aos poucos — disse-me. — Mas não vale a pena falar disso agora. Falar faz doer ainda mais. Acabou. Vês, estou aqui perto de ti, mas não encontro mais nada para te dizer. Gostava de fazer alguma coisa por ti, para te ajudar, mas ao mesmo tempo tenho uma espécie de vontade de me ir embora e de não ouvir mais falar de ti.
—Natalia Ginzburg, O Caminho da Cidade, Relógio D’Água 2024 (1942)