Quando pensamos “este apontamento é bom e não quero gastá-lo na história que estou a escrever agora, já aqui tenho muitas coisas boas, vou reservá-lo para outra história que hei-de escrever”, acontece que esse apontamento se cristaliza dentro de nós e deixamos de poder utilizá-lo. Quando se escreve uma história, deve introduzir-se nela tudo o que de melhor se possui e viu, tudo o que de melhor se colheu na vida.
—Natalia Ginzburg, As Pequenas Virtudes, O Meu Ofício, Relógio D’Água 2021 (1972)