Foi possível ouvir novamente a DS Audio DS-E1, afinal a outra estaria com um problema. O som não é assim tão diferente, o que eu tinha escrito antes implicava um diferente no mau sentido, um som clínico digno de uma enfermaria. Não é, mas também não é igual ao que estou habituado.
A voz de Agnes Obel surge com uma claridade e nitidez que até hoje não tinha sido igualada nos meus ouvidos. Nitin Sawhney da caixa OneZero, com as músicas Devil and Midnight e Longing quase que alagava a casa. São 10 pessoas em palco, o centro está um pouco congestionado, mas não com a DS-E1 onde é tudo rápido e nítido. Ao ouvir o mesmo com uma agulha Hana SL, tocando bem, foi-se a definição, foram-se os graves apertados mas com imenso espaço em volta e, sim, o centro congestionou-se. As três ou quatro vozes nem de longe, se deixam ouvir de forma tão límpida e distinta.
Reparei numa diminuição do ruído do próprio vinil, entre faixas. Há uma baixa frequência omnipresente em todas as outras células, que praticamente desapareceu e curiosamente os ruídos que subsistem são também eles mais nítidos e definidos. Não notei uma diminuição do palco, o que é uma queixa que existe comparativamente com as células convencionais, mas como habitualmente não foi uma audição crítica. Pareceu-me um som único, uma abertura de horizontes, e isso equivale a dizer que a música e uma certa noção de uns momentos bem passados, estão primeiro. E estiveram bem.
O gizmo que se vê a rodar é o clamp da Oyaide, STB-HW. Foi na Ultimate Audio.