Assim, um dia, começaram a fazer amor, estavam agarrados um ao outro sobre a erva e o mundo em volta era verde e sussurrante, entre os tépidos sopros da erva e o alto céu de nuvens, e o resto de Giuma estava absorto, raivoso e secreto, com as pálpebras fechadas sobre os olhos e com uma respiração breve. Em casa ela sentou-se atordoada à mesa do seu quarto, reviu com uma picada de dor no coração o rosto de Giuma, aquele rosto como se imerso num sono raivoso e secreto, aquele rosto que não tinha mais palavras ou pensamentos para ela.
—Natalia Ginzburg, Todos os Nossos Ontens, Relógio D’Água 2023 (1952)