— Ela dizia que queria descansar no meu ombro e ser leve como um pássaro. Achei que era poético. E excelente, caramba, mesmo do que um tipo precisa. Nunca gramei pegajosas.
O homem fez uma pausa. Paul ficava sempre feliz por fornecer a deixa.
— Mas não resultou?
— Dois problemas. — O tipo inspirou e depois soprou o fumo no ar perfumado. — Número um, os pássaros batem a asa, não batem? É da natureza dos pássaros, não é? E número dois, antes disso cagam-nos sempre no ombro.
—Julian Barnes, A Única História